Existem diversos estilos musicais em Pernambuco: o tradicional frevo, o maracatu, o caboclinho e o coco. O feriado de Carnaval é o momento em que todos esses ritmos dominam as ruas do Recife e de Olinda, em blocos de rua, nações e troças.
Para ficar por dentro do espírito do Carnaval pernambucano, conheça, abaixo, os principais ritmos que embalam as ruas do Recife e de Olinda.
Existem três tipos de frevo: de rua, canção e de bloco.
O frevo de rua é tocado por uma orquestra instrumental com predominância dos instrumentos de sopro, sem voz.
O frevo-canção é similar ao de rua, com a exceção da adição de voz nas músicas.
Já o frevo de bloco é executado por uma orquestra de pau e cordas, geralmente com violões, cavaquinhos, bandolins, banjos, instrumentos de sopro e percussão.
Ficou curioso para saber quais blocos são movidos ao som de frevo no Recife e em Olinda? Aí são eles: Galo da Madrugada; Homem da Meia-Noite; clubes de frevo, como o Vassourinhas e o Lenhadores; blocos líricos, como o Bloco da Saudade; troças carnavalescas a exemplo do Pitombeira dos Quatro Cantos; entre muitos outros.
Há maracatu de baque solto (ou rural) e maracatu de baque virado (ou urbano), que divergem na origem, ritmos, organização e personagem.
O maracatu de baque solto é representado pela figura conhecida como Caboclo de Lança. Surgiu com a crise da Segunda Guerra Mundial, quando houve uma migração da zona rural para o Recife.
O ritmo tem como instrumentos o gonguê, ganzá, tarol, cuíca, surdo, corneta, trombone, saxofone, zabumba – tudo com coro exclusivamente feminino.
Cambinda Brasileira, Cruzeiro do Forte, Estrela do Ouro Aliança, Maracatu Carneiro Manso, Águia Formosa e Leão do Norte da Várzea são algumas das nações mais conhecidas de baque solto.
Já o baque virado surgiu no século 18 e mistura cultura africana, indígena e europeia em uma manifestação cultural pernambucana. É nesse grupo que surge o nome do Calunga, uma figura religiosa que era carregada por mulheres ao longo do cortejo.
Com os instrumentos alfaias, ganzás e gonguê, esse maracatu é representado por grupos como Estrela Brilhante, Oxum Mirim, Encanto do Pina e Leão da Campina.
O caboclinho é uma das danças mais tradicionais do Carnaval pernambucano e tem um forte cunho religioso. É inspirada em elementos culturais de povos indígenas e africanos e mistura coreografia e música.
Munidos de caraxá e a preaca (dois instrumentos usados exclusivamente para caboclinho), os grupos Caboclinhos Urubá, Caboclinhos Coités e Caboclinhos Tabaiares levam o ritmo aos pernambucanos.
O coco também tem influências africana e indígena. É uma dança de roda, acompanhada de cantoria e tem como instrumentos o ganzá, surdo, pandeiro, triângulo e tamancos. O nome coco significa “cabeça”, de onde vêm as músicas.
São exemplos de grupos de coco as Netas de Selma do Coco, Coco do Mestre Zezinho e Coco do Pneu.