Rock, Pop e até Rap! Os melhores blocos para quem está fugindo das letras de axé no Carnaval de SP 2017

É Carnaval e o que mais tem é glitter, marchinha, samba e axé. Mas… e as ovelhas desgarradas do pop, rock, rap? O que será delas? E quem não suporta mais uma composição de axé e ainda assim quer pular o Carnaval? Você que estava se sentindo todo excluído, 100% chateado e achando que não existe mais ninguém no mundo que te entende, reveja seus conceitos. Blocos de Rua vem te dizer: tem tanta gente na mesma situação que você que até criaram blocos. Muitos blocos.

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Confira os melhores que passam longe (e correndo!) das letras de axé e de marchinhas de Carnaval:

 

Meu Santo É Pop, 27/02 às 12h

Três amigos jovens achavam que na época do Carnaval São Paulo ficava muito sem música pop. Por que não mudar isso? Por que fazer um bloco de rua, que é para todo mundo, tem que ser um custo grande para os idealizadores? Eles apostaram na ideia, abriram uma conta em um portal de financiamento coletivo e foram sem medo. Deu certo.

Bem certo, na verdade. Recusando as tradicionais marchinhas de Carnaval, que geralmente são machistas e homofóbicas, e trazendo divas pop, o bloquinho acertou em cheio um público LGBT+ que não deixa a festa parar nem ninguém cair do salto. Se em 2015 o bloco superou todas as expectativas de público, em 2016 a quantidade de pessoas só aumentou. 2017 vem aí…

Meu Santo É Pop vai às ruas para seu terceiro desfile com orgulho do título “Primeiro bloco pop de São Paulo” – e, de fato, somos também, de algum jeitinho, eternamente gratos.

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Beatloko, 25/02 às 14h

O primeiro bloco de rap do Carnaval de rua de SP. Com muita animação, o bloquinho BeatLoko promete muito 2PAC, James Brown, Beyoncé e Erykah Badu no repertório para homenagear black music da cabeça aos pés.

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Unidos do BPM, 25/02 às 15h

O Unidos do BPM é feito por e para amantes da música eletrônica, sem fins lucrativos, por isso, conta com a colaboração de todos. Como o primeiro bloco de música eletrônica do Carnaval de São Paulo, o desfile vai pulsar o centro velho da cidade, com um line up de sons undergrounds que não vai deixar ninguém parado!

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Minhoqueens, 25/02 às 15h

Criado em 2015, o bloco Minhoqueens foi pra frente e desfilou em 2016, reunindo debaixo do Minhocão muita gente, muito glitter e muito amor. O bloquinho escolheu como playlist para o desfile com mais drags montadas muito pop, funk, drag hits e um pouco de brasilidades também – porque a gente não pode esquecer que é Carnaval, né?

É o bloco certo para quem é LGBT+ e para as mulheres que não querem passar sufoco com heteros invasivos. O bloco é muito respeitoso e engraçado. Uma surra de memes e glitter, uma quantidade absurda de pessoas montadas e muito pop e funk para a gente não perder o ritmo, nem esquecer o carão.

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CarnaKoo, 25/02 às 16h

CHEGOU!

O Bloco de rua da Batekoo! Se o ano inteiro a gente bate o cu, no Carnaval a gente Carnakoo! Estreando esse ano o bloco segue a mesma linha política e cultural da festa, uma das maiores festas black de São Paulo: muito glitter, muito tombamento, muita sensualidade, muita gente preta e zero vergonha na cara.

Definitivamente se somando à lista dos blocos LGBT+ de São Paulo, Carnakoo promete levar às ruas, assim como propõe em suas festas, uma mudança nos contextos de estética, de beleza, de estilo, valorizando a moda black urbana e a beleza afro-brasileira.

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Let’s Block, 25/02 às 14h

Banda Bloco que toca clássicos e novos rocks com instrumentos de escola de samba, respeitando os ritmos e as origens.

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Ritaleena, 26/02 às 14h

A musicista Alessa Camarinha e a figurinista Yumi Sakate tinham o sonho de fazer um bloco de rua que fosse um elogio, uma homenagem à cidade de São Paulo e que também remetesse a uma figura feminina. Com isso na cabeça, veio a imagem da roqueira Rita Lee e do remédio ritalina, que controla hiperatividade e déficit de atenção. RitaLeena.

Essa novela se passou em 2014 e, nos preparativos para 2015 e 2016, as amigas investiram em campanhas no Catarse, um site de financiamento coletivo, para conseguir bancar o bloquinho e fazer acontecer. O sucesso foi tanto que RitaLeena arrecadou no primeiro ano 8.120 reais e com sua segunda campanha esse número mais que dobrou e conseguiram 20.511 reais.

Agora em 2017 as ovelhas negras das famílias paulistanas vão se reunir novamente para cantar Doce Vampiro, Mania de Você, Ovelha Negra e Lança Perfume em ritmo de marchinha. É hora de tirar a peruca vermelha curtinha do armário e ritaleenar-se.

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Ilú Oba De Min, dia 26/02 às 14h

Vindo de uma história de luta, há dois anos o Ilú Obá De Min decidiu fazer um bloco de rua. O primeiro desfile foi em 2016 com o tema Elza Soares Pérola Negra. Esse ano o coletivo comemora 12 anos e sai às ruas com o tema Alaafin de Oyó 12 anos de Ilú Obá De Min, sendo que Alaafin de Oyó é um título do Obá (rei) do antigo Império de Oyó, localizado na atual Nigéria.

Aproveitando a deixa, vale dizer que Ilú Obá De Min significa em yorubá mãos femininas que tocam tambor para Xangô, que é um orixá bastante cultuado por religiões de matriz africana e significa um deus da justiça, dos raios, dos trovões e do fogo. O coletivo se baseia na arte e preservação da cultura de matriz africana e afro-brasileira para empoderar mulheres para enfrentamento do racismo, machismo e lesbofobia.

É uma proposta estética e musical libertadora que geralmente corre pelas ruas do centro de São Paulo, com roupas que resgatam uma memória histórica de longe, cantos e batuques de matriz africana e danças que exercitam toda a corporeidade, de forma energética e libertadora. Vale dizer que esse não é só um bloco de rua, é uma experiência.

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D-rrete, 26/02 e 27/02 às 16h

O bloco D-rrete, idealizado pela D-Edge, uma das casas mais famosas de São Paulo, vem para agitar os corpinhos fritos dos paulistanos com muito som eletrônico.

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Bloquinho e Buchecha, 27/02 às 13h

Quero te encontrar.

A galerinha de São Paulo não para de ser criativa e estreia esse ano o bloquinho mais só love, só love, só love, só love: Bloquinho e Buchecha! Com o nome em alusão a dupla mais querida do Brasil, Claudinho e Buchecha, a ideia é reviver todos os sucessos deles dos anos 90 em um Carnaval na rua, dançando muito até zuar esse planeta e também molhar a camiseta.

Com quase 3 mil confirmados no evento do Facebook é garantido que vai ter muita gente, muita farra e muito Claudinho e Buchecha para não perder a graça e já chegar no ou na @crush com estilo.

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Tô de Bowie, 28/02 às 15h

Muitos pensam que o Tô de Bowie veio como forma oportunista lucrar em cima da morte de Bowie. Tudo errado. A história desse bloco de rua começou no Carnaval de 2014, quando amigos decidiram desfilar com o raio pintado no rosto. A brincadeira virou uma ideia, um sonho, um projeto e o bloco foi selecionado para o Carnaval de 2016.

Com a morte de Bowie, o bloco que já estava gerando bastante interesse entre o público de SP, teve um alcance exponencial e chegou a reunir 40 mil pessoas. Definitivamente um dos maiores blocos de rua do ano passado, Tô de Bowie passa pela homenagem ao cantor ícone David Bowie e vai além trazendo à tona a discussão sobre música e Carnaval de rua.

Os idealizadores do bloquinho defendem que Carnaval do ano não é só para os amantes de samba e axé, não se restringe por gênero musical, a festa é para ser festejada, não importa em que ritmo. Hoje Tô de Bowie segue para uma nova edição e se prepara para encarar 2017 e abraçar os foliões com várias versões das músicas do David Bowie e um raio pintado no rosto.

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Bloco 77, 25/02 e 27/02 às 15h

Assim como no último carnaval, neste ano o Bloco 77 também sairá em duas datas. Os rockeiros fãs de carnaval vão poder aproveitar a folia ouvindo clássicos do punk rock e do rock nacional em ritmo de marchinha. O primeiro cortejo acontece no dia 25 de fevereiro, sábado de carnaval, e o segundo desfile no dia 27 de fevereiro, segunda de carnaval, ambos com concentração a partir das 15h. O desfile sairá do Bar Real, na Rua Simão Alvares, 366, em Pinheiros nos dois dias. O trajeto inclui as ruas Arthur de Azevedo, Antônio Bicudo, Navarra de Andrade e volta para a Simão Álvares, até o local da concentração.

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