O Carnaval é reconhecido mundialmente como uma das festas populares mais animadas e representativas da cultura brasileira. Mas você sabe como surgiram os blocos de rua que animam a festa de rua das cidades?
Nossa festança típica, na verdade, tem origens portuguesas, no chamado “entrudo”. Ele, que acontecia no período anterior à Quaresma, chegou ao Brasil por volta do século 17 e se tratava de uma festa popular na qual as pessoas brincavam jogando água, ovos e farinha umas nas outras. Nessa época, países como Itália e França já comemoravam o Carnaval em formato de desfiles urbanos e contavam com os típicos personagens Pierrô e Rei Momo.
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Por volta do século 19, no Rio de Janeiro, a prática do entrudo passou a ser criminalizada, principalmente após uma campanha contra a manifestação popular. Sem a festa de rua, a elite do Império começou a se organizar, criando bailes de Carnaval em clubes e teatros. Também foi criado o Congresso das Sumidades Carnavalescas, que passou a desfilar nas ruas da cidade carioca. Enquanto o entrudo era reprimido, a alta sociedade imperial tentava tomar as ruas.
No final daquele mesmo século, as camadas populares do Rio de Janeiro também começaram a organizar suas práticas carnavalescas, recuperando a tradição das festas de rua antes da Quaresma. Surgiram, então, os primeiros blocos carnavalescos e cordões, um movimento totalmente organizado pelo povo, que desfila pelas ruas com carros decorados ao estilo de uma grande e animada procissão, carregada de manifestações populares: foi início do movimento que hoje conhecemos como blocos de rua.
Já no século 20, surgiram as primeiras marchinhas de Carnaval, como “Ô Abre Alas” e “Pierrô e Colombina”, tornando a festa um evento ainda mais animado e caracterizando o Carnaval que conhecemos hoje!